Pseudo-soneto de Solidão
Perdi-me.
Talvez me encontrem nesta caverna escura
De paredes revestidas de saudade
Parti-me.
Insensatez buscar a cura
Quando se sabe o quanto é tarde
Convivo com minhas úlceras sentimentais
Procurando cor, perdendo riso
Sentindo dor, não tendo siso
Meu corpo e suas feridas banais
Um dia, a perder-me em meu coração,
Encharcada com meu pranto
Pude enxergar algum encanto
Nesta indizível solidão
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