terça-feira, 18 de outubro de 2011

Silêncio



Mar infinito
De fortes lembranças,
Coloca meu coração em ressaca
A chacoalhar em sua dança
A sufocar um sentir que não passa
Levando, em onda, a esperança

Não há mais a vontade de ser linda
Para agradar a minha paixão
Ressuscitar coisa finda
É perda de tempo, é em vão

Melhor não rir perto de mim
Risadas encantam
Risadas inflamam
Aquilo que já não encontrou fim

Com os pés fincados na areia
Pergunto onde anda minha cabeça
Como pode ser tão certa e, da certeza, tão avessa?

Mas tudo bem
Porque tudo passa
E eu viajo na semana que vem
Verei outro mar em ressaca
Verei, do infinito, além

E é o fim desta insônia maldita
Dessa mente viajante
Que cria coisas onde não tem

Não haverá despedida
Nem vida errante
Nem o que me faz tão bem

Risadas hão de renascer em outro mar
De marolas aliviadas
Sem essa noite angustiada
Sem esse silêncio a estalar 

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