Embaixo do delineador borrado
As lágrimas vermelhas de alguém que sente dor
Passam-se as horas
mas não se passa o pranto
Passa-se a fome e a vontade de sorrir
O sono que não quer que chegue
O que se quer é ficar perto do Senhor
É Ele que conforta as lágrimas solitárias
Que se espatifam no chão
Quero voar com as araras
Quero voar como Peter pan
Quero nascer sorriso
Quero noite de amor
E sonhar com estrelas brilhantes
E lua cintilante
E com o carinho que vem depois
E que não caiam lágrimas
Nem doam mágoas
E que cesse a vontade de matar
Qualquer coisa, ou alguém que seja
Jogar-se-iam bombas passionais
Em cidades e pessoas
Em bares e ruas
E, em lembranças cruas,
O último tiro
Sem último desejo
Nem último suspiro
Apenas matar
Apenas cessar
Apenas um grito
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