sábado, 27 de dezembro de 2014

Coração Negro


Coração negro

Doentio como o desconexo tempo

Sangra a voz não entendida sobre inabalável dor

Há a ponta da faca estendida em direção ao peito

Que implora a fala compreensiva do amor

Que deseja o abraço e a borracha que apagaria o indelével passado

Nada é maior que as escrituras feitas por lágrimas e infelicidade

A felicidade cobra cada gota derramada de suas vísceras dilaceradas

E prova, por desagrado e sopro, que ela não lhe será servente

Que nunca será sua a paz eterna da ausência de suas taquicardias

Se foi infeliz, que o seja para sempre, c
omo um maldito

À margem de sorrisos breves e à beira da loucura que lhe é inerente 

Por, simplesmente, existir

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