Coração negro
Doentio como o desconexo tempo
Sangra a voz não entendida sobre inabalável dor
Há a ponta da faca estendida em direção ao peito
Que implora a fala compreensiva do amor
Que deseja o abraço e a borracha que apagaria o indelével passado
Nada é maior que as escrituras feitas por lágrimas e infelicidade
A felicidade cobra cada gota derramada de suas vísceras dilaceradas
E prova, por desagrado e sopro, que ela não lhe será servente
Que nunca será sua a paz eterna da ausência de suas taquicardias
Se foi infeliz, que o seja para sempre, como um maldito
À margem de sorrisos breves e à beira da loucura que lhe é inerente
Por, simplesmente, existir
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